Eles libertam uma jovem possessa. Os senhores da moça se enraivecem e os acusam. Eles são condenados e açoitados. São largados em uma prisão. Pés selvagemente acorrentados, mãos atadas à parede do cárcere, corpos sujos, feridas largamente abertas. Mas o coração permanece alegre, repleto de um júbilo singular. Os demais presos não entendem, mas aqueles novos cidadãos cantam e oram com fervor. É possível do caos brotar a mais genuína expressão de vida?
Subitamente, um tremor intenso abala os alicerces do cárcere. Caem os grilhões, abrem-se as portas. “É agora! Deus se manifesta! Saiamos enquanto é tempo, antes que venha o carcereiro e nos impeça”. “Oh, glória! Silas, venha, corra! Chame os companheiros de cela. É libertação dos céus! Hoje sairemos, seremos livres! Antes que cheguem o carcereiro ou o soldado. Vamos!”
E todos dali saem, contentes, triunfantes. O Senhor os liberta das mãos do inimigo! O guardador da prisão, apavorado, desembainha a espada e a transpassa o peito, tal o desespero de ver os presos em fuga. Fiel é o Deus de Israel, justo é o Cristo crucificado! Agora todos perambulam pelas ruas e entoam louvores, dando graças pelo poder do Altíssimo hoje manifesto. Em nome de Jesus pregam e são chicoteados. Em nome de Jesus louvam e são libertos. Glória ao Senhor, Todo-Poderoso!
Não, não é assim que narra Lucas. A terra treme, os cadeados se rompem. Três passos apenas separam os prisioneiros romanos da gloriosa liberdade, dos ares esplendorosos de Filipos. O carcereiro puxa a espada e pronto está a suicidar-se, quando ouve o grito de Paulo: “Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!” Então o carcereiro, trêmulo, prostra-se diante de Paulo e Silas: “Que devo fazer para ser salvo?” Ao que eles lhe respondem: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. Naquele instante, o brado do Evangelho de Cristo ecoa no coração daquele pobre homem da lei e o enche de contentamento. Haveria maior prova da presença de Deus, do Deus vivo, do Deus sobre quem aqueles dois viajantes discursam?
O que encanta é essa decisão do apóstolo, a decisão de abdicar da liberdade em favor de uma vida. Sim, esse é o testemunho genuíno, a concretização do Evangelho do amor. Porque todos os mandamentos se resumem em um só: ama o teu próximo como a ti mesmo. Não, as condições da cadeia não eram nada humanas. Ambiente fétido, asqueroso, repugnante. Os corpos combalidos dos dois servidores de Cristo misturavam-se a todo tipo de imundície da prisão. Mas a própria vida não importa na ocasião. A liberdade pode esperar, pois há uma vida a ser salva, há um destino a ser outra vez delineado. O brado de Paulo é a mais doce sinfonia que os ouvidos do carcereiro podem contemplar. Teria o apóstolo presenciado tamanha cura se não rejeitasse o atraente convite de liberdade?
Que fique a reflexão: Capazes somos de abrir mão de nossos anseios em favor do próximo? Conseguimos nos colocar em segundo plano e alçar para o primeiro nossos irmãos? Estamos em consonância com as mensagens que anunciamos, mensagens de amor, de renúncia?
Subitamente, um tremor intenso abala os alicerces do cárcere. Caem os grilhões, abrem-se as portas. “É agora! Deus se manifesta! Saiamos enquanto é tempo, antes que venha o carcereiro e nos impeça”. “Oh, glória! Silas, venha, corra! Chame os companheiros de cela. É libertação dos céus! Hoje sairemos, seremos livres! Antes que cheguem o carcereiro ou o soldado. Vamos!”
E todos dali saem, contentes, triunfantes. O Senhor os liberta das mãos do inimigo! O guardador da prisão, apavorado, desembainha a espada e a transpassa o peito, tal o desespero de ver os presos em fuga. Fiel é o Deus de Israel, justo é o Cristo crucificado! Agora todos perambulam pelas ruas e entoam louvores, dando graças pelo poder do Altíssimo hoje manifesto. Em nome de Jesus pregam e são chicoteados. Em nome de Jesus louvam e são libertos. Glória ao Senhor, Todo-Poderoso!
Não, não é assim que narra Lucas. A terra treme, os cadeados se rompem. Três passos apenas separam os prisioneiros romanos da gloriosa liberdade, dos ares esplendorosos de Filipos. O carcereiro puxa a espada e pronto está a suicidar-se, quando ouve o grito de Paulo: “Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!” Então o carcereiro, trêmulo, prostra-se diante de Paulo e Silas: “Que devo fazer para ser salvo?” Ao que eles lhe respondem: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. Naquele instante, o brado do Evangelho de Cristo ecoa no coração daquele pobre homem da lei e o enche de contentamento. Haveria maior prova da presença de Deus, do Deus vivo, do Deus sobre quem aqueles dois viajantes discursam?
O que encanta é essa decisão do apóstolo, a decisão de abdicar da liberdade em favor de uma vida. Sim, esse é o testemunho genuíno, a concretização do Evangelho do amor. Porque todos os mandamentos se resumem em um só: ama o teu próximo como a ti mesmo. Não, as condições da cadeia não eram nada humanas. Ambiente fétido, asqueroso, repugnante. Os corpos combalidos dos dois servidores de Cristo misturavam-se a todo tipo de imundície da prisão. Mas a própria vida não importa na ocasião. A liberdade pode esperar, pois há uma vida a ser salva, há um destino a ser outra vez delineado. O brado de Paulo é a mais doce sinfonia que os ouvidos do carcereiro podem contemplar. Teria o apóstolo presenciado tamanha cura se não rejeitasse o atraente convite de liberdade?
Que fique a reflexão: Capazes somos de abrir mão de nossos anseios em favor do próximo? Conseguimos nos colocar em segundo plano e alçar para o primeiro nossos irmãos? Estamos em consonância com as mensagens que anunciamos, mensagens de amor, de renúncia?